A Liga Portuguesa dos Direitos Humanos – CIVITAS vem acompanhando, atentamente e com alguma apreensão, a campanha para a Presidência da República do Brasil.
A hora é grave.
Democracia jovem, com problemas estruturais profundos de todos conhecidos, o Brasil encontra-se, hoje, numa encruzilhada histórica que poderá determinar o seu futuro por muito tempo.
Nessa medida, entende a Liga Portuguesa dos Direitos Humanos – CIVITAS ser seu dever recordar a importância de um Património de Humanidade que se quer universal e que a luta cívica pelos Direitos Humanos tão lenta e dolorosamente conquistou.
Porque jamais a xenofobia, o racismo, a misoginia e a homofobia poderão ser instrumentos de progresso, porque a apologia da tortura e da violência, a ameaça de perseguição à diferença, porque o ataque anti-democrático a adversários, minorias e instituições, porque a recusa do diálogo em caso algum poderão configurar uma solução, a Liga Portuguesa dos Direitos Humanos – CIVITAS manifesta o seu mais veemente repúdio das declarações do candidato da extrema-direita e apela à coragem, ao bom-senso e ao sentido ético das cidadãs e dos cidadãos brasileiros.
Pela sua parte, a Liga Portuguesa dos Direitos Humanos – CIVITAS tudo fará, no âmbito das suas capacidades e competências, para ajudar a conservar, a consolidar e a robustecer este Património de Valores que é de todos, que a todos afeta e que a todos convoca. É o mínimo que se exige àqueles que quotidianamente se batem por um mundo mais livre, mais justo e mais fraterno.
Foto: Michael Tracy